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E a poesia adormece o tempo...

Chão em festa


O que te põe em movimento?

Se não é o convite do vento

Nem a força da água

É o desejo de dentro

Do corpo que fala


Ah, entrega abençoada!

Cada trago de ar fresco com cheiro de mata

Cada gota de orvalho ainda intacta

Barulho de folha seca recém pisada

Que estala no ouvido tal qual cigarra


Sol, alento que em seu recanto

Faz cama de ervas pra receber meu corpo

Brisa que toca minha pele nua

Passeia no pelo que se insinua

Posso sentir que sou tua


Amo-te terra, bicho e planta

Sou parte pequena deste chão em festa

Em cada sulco teu que minha mão encosta

Sinto-me cheia

Caminho de volta



 
 
 

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